sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Contexto Familiar e Pedagógico no Processo de Inclusão

FACULDADE DE ROLIM DE MOURA – FAROL
CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU








RELATÓRIO SOBRE:
CONTEXTO FAMILIAR E PEDAGÓGICO NO PROCESSO DE INCLUSÃO




AUTORAS: DEJANIRA MARIA DA COSTA
TATIANE LIMA DA SILVA











Realizado na disciplina de Contexto Familiar e Pedagógico no Processo de Inclusão, no curso de pós-graduação da Faculdade de Rolim de Moura, orientado pela professora Izabel F. Lourencetti Ferreira





ESPIGÃO DO OESTE - 2009

OS DESAFIOS DE UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE PARA TODOS.

Quando falamos de educação de qualidade para todos, tomos que pensar primeiramente na inclusão social para que possamos diminuir as diferenças de classes sociais como aprender a valorizar a capacidade intelectual de cada ser independente de raça, gênero, interesses e diferenças. Para obter uma educação de qualidade precisamos repensar os nossos conceitos teóricos e práticos. Principalmente estarmos abertos a mudanças inovadoras recriando um modelo educativo tratando-se principalmente ao que ensinamos ao educandos e como ensinamos. Para que uma inclusão de qualidade aconteça e caminha de forma produtiva devemos ter em mente que a comunidade escolar e a sociedade devem ser bem esclarecida e focada nos objetivos positivos de inovação, sendo que a inclusão na educação não é somente um desafio das escolas, mas uma responsabilidade de toda a comunidade, pois esta também é afetada através dos avanços e limites de ordem física, intelectual, cultural e críticas. É a base teórica para que os alunos com necessidades especiais sejam verdadeiramente incluídos no ensino regular.
Para que as mudanças possam realmente acontecer os professores precisam de uma boa formação na área de educação inclusiva possibilitando a estes condições de se desenvolver no processo inclusivo englobando os conhecimentos pedagógicos no desenvolvimento da capacidade de realizar atividades que sejam significativas para todos.
Uma escola de qualidade precisa proporcionar um ambiente agradável e acolhedor a todos os alunos, com estruturas físicas e pedagógicas necessárias, garantindo o direito de todos terem uma educação de qualidade desempenhando um papel significativo na família, na comunidade escolar e na sociedade em geral.

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UM MEIO DE CONSTRUIR ESCOLAS PARA TODOS NO SÉCULO XXI

Desde a década de 80 e 90 surgiu o movimento proporcionado por profissionais, pais e as pessoas com necessidades especiais iniciando-se assim a busca e o reconhecimento por toso independente das diferenças, cujo objetivo era a integração com a sociedade por meio da educação inclusiva surgindo assim o primeiro passo da inclusão de pessoas com deficiência ao ensino regular.
Um dos primeiros movimentos que aconteceu sobre a inclusão começou nos EUA denominado de “Regular Education Iniciative” (REI). Depois do (REI) surgiram várias outras pessoas por toda parte do mundo interessados a defender o movimento da inclusão, entre estas pessoas citamos algumas: Fulcher (1989) e Slee (1991) na Austrália, Booth (1988), Barton (1988) e Tomlinson (1982) no Reino Unido, Ballard (1990) na Nova Zelândia, Carrier (1983) em Nova Guiné; Biklen (1989), Heshusius (1989) e Sktise (1991) na América do Norte. Na Espanha, ainda que um pouco mais tarde caiba destacar os trabalhos de Arnaiz (1996), Garcia Pasta (1993) e Ortiz (1996). Através destes autores que manifestaram suas insatisfações pela integração, surgiu a defesa da chamada educação inclusiva, forçando a sociedade a repensar seus conceitos de ensino, buscando orientações para um novo direcionamento da educação tornando-a acessível a todos. Destacando-se assim o apoio realizado através da UNICEF e a UNESCO em prol de que a educação chegasse a todos de forma igualitária. Entre a década de 80 e 90 foram realizadas várias reuniões a favor da educação inclusiva, aonde destacamos a convenção dos direitos da criança realizada em Nova York em 1989, a Conferência Mundial de educação para todos em Tailândia no ano de 1990; a Conferência Mundial sobre necessidades educativas especiais, desenvolvida em Salamanca (Espanha), 1994 e a mais recente no ano de 2000, acontecida em Dakar (Senegal), com o título de “Fórum Consultivo Internacional para a Educação par todos”.
Por meio da declaração de Salamanca todos os países envolvidos no movimento da educação inclusiva reivindicaram os seguintes argumentos: Requerer, Aplicar, Reconhecer, Realizar, Proteger, Assumir, Dedicar, Aceitar, Concluir, Reiterar, dessa forma a declaração de Salamanca veio para concretizar todos os objetivos propostos pelo movimento da educação inclusiva; assegurando o que diz a teoria da inclusão, que teremos uma educação eficaz para todos sustentada nas escolas enquanto comunidades educativas satisfazendo as necessidades de todo o público envolvido independentemente de suas características pessoais, psicológicas ou sociais. Definindo assim em primeiro plano que a educação inclusiva é um privilegio que almejamos alcançar para amenizar a exclusão social, proporcionando-lhes maior oportunidade de desenvolvimento igualitário perante a sociedade que deparamos.

“POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL”

São várias as leis que contribuíram para o avanço da educação inclusiva em nosso país e no mundo, entre elas podemos citar: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN de 1961, Centro Nacional de Educação Especial – CENESP e o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, lei nº. 8.069/90. Todas essas leis vieram com o intuito de garantir e assegurar o acesso de pessoas com necessidades especiais ao ensino regular.
A inclusão reforça a idéia de que as diferenças sejam aceitas e respeitadas por meio das leis que as protegem através da constituição de 1988 e juntamente com a promulgação da LDB nº. 9394 de 1996, ambas tratam o processo inclusivo como ele deve ser realizado, no entanto, para que isso aconteça de fato são necessárias mudanças sociais, bem como um esforço mútuo de todos os profissionais da educação na busca pelo aprimoramento da prática educativa, revendo sua própria formação, os seus referenciais teórico-metodológicos, os incentivando face ao enfrentamento da diversidade social e das diferenças de seus alunos, a buscar uma formação continuada e, acima de tudo, uma transformação da cultura pedagógica.

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